Tão-ba-la-lão

Quem não conhece esta quadra, praticamente irresistível quando se balança uma criança para lá e para cá, num baloiço ou numa cadeirinha improvisada por quatro braços?

Tão balalão
Cabeça de cão
Orelhas de gato
Não tem coração!

O que nem toda a gente sabe é que esta não é a única quadra da cantilena, mas sim a última, pelo menos na versão recolhida por Adolfo Coelho, no século XIX, que reza assim:

Tão balalão,
Morreu o Simão
Ficaram os filhos,
Comeram o pão.

Tão balalão,
Morreu o Simão
Focinho de burro,
Cara de cão.

Tão balalão,
Morreu o Simão
Na terra dos mouros,
Senhor capitão.

Tão balalão,
Cabeça de cão
Cabeça de gato,
Não tem coração.



Referência:

Adolfo Coelho, Jogos e Rimas Infantis. Introd. Maria da Conceição Rolo, ilust. Duarte Belard da Fonseca. Porto: Asa, 1994, p. 30.




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